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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS (1987)


Frank Miller mostra ao mundo sua visão de Gotham City dez anos depois da aposentadoria de Batman. Mas o crime não cessou na cidade e o Morcego, mesmo com mais de 50 anos, decide voltar à ativa.



O escritor parte da idéia concebida por Bob Kane quando criou o herói: de que Bruce Wayne é apenas um disfarce vazio e o Batman é a verdadeira personalidade. A partir daí, monta a história para trabalhar com mestria esse conceito.

Após dez anos longe do manto do Morcego, Bruce se arrisca em esportes radicais, entristecido e sem saber quem realmente é. Ele só volta a sentir prazer pela vida quando o Batman reassume o controle, inclusive da narração da história.

O admirável mundo novo de Miller precisa de um Batman para combater a crescente onda de crimes gerada principalmente pelas gangues mutantes. Contudo, o herói não pode viver apenas nas sombras, como um mito, um bicho papão. A mídia televisiva acompanha todo o desenrolar do ressurgimento, fazendo uma constante discussão do que está acontecendo. Por causa dessa cobertura, o Coringa, que aparentemente tinha se acalmado depois do sumiço do Morcego, desperta.

A arte é um caso a parte. Miller estava em sua melhor forma, tanto no traço quanto na narrativa visual. Seguindo uma influência dos mangás, o autor abusa das onomatopéias e faz um traço simplista (infelizmente esta característica fica um pouco prejudicada pelo desenho do autor ser um tanto "sujo" e pela interferência do trabalho do arte-finalista Klaus Janson).

Além disso, para representar seu mundo midiático, ele se vale de uma narrativa visual entrecortada, que forma uma série de interessantes mosaicos.
NOTA: 10
COMENTÁRIO: REVOLUCIONÁRIA, DIVIDIU O UNIVERSO ENTRE OS QUE LERAM CAVALEIRO DAS TREVAS E OS QUE NÃO LERAM...

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